quinta-feira, 12 de março de 2015

O protesto dos iletrados, ou impinchiamento já!





Numa das belas terras nordestinas, quando um derrotado chora, geme, grita, bate panelas, faz qualquer tipo de barulho estéril dos vencidos, se diz que ele, ou está chiando, ou está pedindo arrego.

A verdade é que somos mesmo uma comédia de povo, um povo alegre, que escreve páginas inglórias e tristes na História da Civilização.

Há muitas décadas, segundo o IBGE, e desde sempre, segundo o senso comum, uma massa volumosa de setenta e cinco por cento (75%) de nós é de analfabetos funcionais, como querem os mais de 500 anos de governos elitistas, liberais, coloniais, mercantilistas e capitalistas.

Somos hoje mais de 150 milhões de analfabetos funcionais, o que significa dizer que somos capazes de ler e escrever o nosso nome, algumas palavras e outras tantas frases, mas somos absolutamente incapazes de interpretar um texto escrito ou falado. Talvez por essa razão, aliada à mais completa desinformação, somos idiotas, mansos e cretinos o suficiente para sermos mansa e pacificamente dominados e dirigidos, como robôs, pelos interesses da minoria rica e pelo grande apetite monetário das religiões.

Agora mesmo, os que estão contra o governo gemem, gritam, xingam, rosnam e batem panelas pedindo o impeachment da presidente reeleita.

Mas por que esse impeachment? Porque os seus governos e os dois governos anteriores de seu partido tiraram da miséria mais de 35 milhões de brasileiros, que passavam fome e outras privações? Porque esses governos neoliberais populistas do PT fizeram ascender à classe média mais de 40 milhões de conterrâneos pobres, que estão fortalecendo a economia, alimentando a usura do sistema financeiro, sustentando a boa vida de sacerdotes e ajudando a indústria, o comércio e o setor de serviços a sofrer menos com a imensa e duradora crise global do sistema capitalista?

Serão esses protestos e tentativas orquestradas de golpe – como estão acontecendo na Venezuela – apenas a chiadeira dos derrotados, como parece ser? Será porque os governos do PT estão realizando um amplo programa de investimentos públicos, para aceleração do crescimento econômico e redução da desigualdade social? Ou será porque, pela primeira vez em toda história do Brasil, o governo federal combate a impunidade dos afortunados bandidos de colarinho branco, mandando investigar, denunciando, processando, julgando e mandando prender os grandes ratos do país?

Ou serão esses ruidosos e irados protestos e tentativas de golpe apenas gemidos, balidos, pura e simples zoada de vencidos invejosos, intolerantes e preconceituosos?

Visivelmente, país algum no mundo enfrenta a crise terminal do capitalismo moribundo, como Brasil vem enfrentando, sem desempregar milhares de pessoas, sem reduzir salários e pensões, e sem paralisar investimentos públicos e programas humanitários, para o bem estar social.

Então, quem, afinal, está sendo prejudicado pelos governos do PT?

As pessoas honestas e trabalhadoras? Não!

A indústria, o comércio e o setor de serviços? Não!

Somente setores da urbana classe média alta sofrem um pouco, ou muito, em serem obrigados a conviver com pobres mal educados, em seus restaurantes de luxo e nos aviões de carreira. Morrem de inveja em ver favelado com carro e casa própria, podendo pagar por isso, sem atrasar prestações. Ficam irados, quando um favelado com o seu carrinho limpinho ocupa a “sua” vaga no estacionamento público. Mas fora isso, a classe média alta pouco mais tem sofrido e muito menos sofre do que sofria antigamente, em todos os governos neoliberais elitistas.

Apenas e tão somente esse povo do atraso, os ambiciosos e influentes ruralistas latifundiários, ou do agronegócio predador é que perderam muito e sofrem mais ainda, quando são impedidos de desmatar nossas florestas ao seu bel prazer; a reservar parte de sua terras produtivas para a segurança ambiental e, acima de tudo, pagam duras penas por não mais poderem escravizar o trabalhador rural, por causa do Bolsa Família. Essa classe de abastados concentradores de renda representa menos de 1% da população e controla a maioria do congresso, comprando parlamentares, que se elegem com propostas e discursos populares.

Apenas e tão somente essa classe nociva ao progresso e ao desenvolvimento industrial e tecnológico é que tem razão de sobra para gemer, chiar, rosnar e bater panelas para o vazio de suas vidas.


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